Governo Federal ignora Entorno e se recusa a integrar consórcio de transporte
Os governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), voltaram a cobrar a participação do Governo Federal no Consórcio Interfederativo da Região Metropolitana do Entorno do Distrito Federal (CIRME), que está em fase de criação para enfrentar os graves problemas de mobilidade da região

"Parece que o presidente Lula não tem carinho pelo DF e pelo Entorno. A gente só lembra dele na hora de pagar passagem cara", disse José Carlos, de Valparaíso.
"O transporte já é precário, os ônibus quebram, as estradas estão cheias de buracos. E ainda o governo federal não quer entrar no consórcio? É um absurdo", criticou Fernanda Oliveira, de Águas Lindas.
"É fácil governar de Brasília e esquecer de quem pega duas horas de ônibus para trabalhar todo dia. O Ministério dos Transportes precisa assumir sua parte", desabafou Carlos Henrique, de Novo Gama.
Estradas precárias e promessas não cumpridas
Para o cientista político Paulo Melo, a ausência do Governo Federal no consórcio evidencia um descaso histórico com o Entorno.
"A BR-040 está esburacada, as rodovias federais de Goiás são só buracos. Precisamos de passarelas, BRT, viadutos e ampliação das pistas. Prometeram o BRT até Luziânia e nada, o BRT até Águas Lindas e nada. Agora, nem o subsídio para o consórcio a União quer assumir", afirmou.
Pressão política de Ibaneis e Caiado
Os governadores reforçaram o apelo ao Palácio do Planalto: "Queremos o Governo Federal dentro do consórcio, seja pelo Ministério dos Transportes, seja por qualquer outro meio. Não dá para o DF e Goiás carregarem sozinhos essa responsabilidade", declarou Ibaneis Rocha.
"A União não pode virar as costas para milhões de cidadãos do Entorno. O consórcio só será completo com a presença efetiva do Governo Federal", ressaltou Ronaldo Caiado.
Enquanto o impasse continua, os usuários de transporte coletivo seguem enfrentando ônibus lotados, tarifas altas e estradas precárias, sem perspectiva de solução a curto prazo.
Apesar de ser parte responsável pelo transporte interestadual, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transportes sinalizaram que a União não fará parte do consórcio, postura considerada pelos líderes locais como um retrocesso.
Em ofício enviado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os governadores lembraram que o papel da União é intransferível. "Não se trata de um favor, mas de um dever constitucional e federativo, pois cabe à União assegurar, de forma solidária, o direito à mobilidade de milhões de cidadãos do Entorno", destacaram Ibaneis e Caiado.
ANTT fora do consórcio
A decisão da ANTT de não figurar como interveniente no consórcio, alegando que continuará apenas com funções regulatórias, surpreendeu os governadores. Para eles, quem deveria assumir o protagonismo é o Ministério dos Transportes, já que a agência reguladora não tem competência política para integrar o CIRME.
O imbróglio ocorre em meio ao impasse sobre o reajuste de 2,91% nas tarifas de ônibus do Entorno, previsto desde fevereiro pela ANTT, mas que segue suspenso após pressões dos governos locais.
Moradores criticam Lula e cobram subsídio
A população do Entorno, que depende diariamente do transporte para Brasília, critica a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Ministério dos Transportes.
"O governo federal precisa ajudar a bancar o transporte junto com o DF e Goiás. Não dá para deixar o povo pagar essa conta sozinho", reclamou Maria das Graças, moradora de Luziânia.

Foto: Marcos Santos.
Em ofício enviado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os governadores lembraram que o papel da União é intransferível. "Não se trata de um favor, mas de um dever constitucional e federativo, pois cabe à União assegurar, de forma solidária, o direito à mobilidade de milhões de cidadãos do Entorno", destacaram Ibaneis e Caiado.
ANTT fora do consórcio
A decisão da ANTT de não figurar como interveniente no consórcio, alegando que continuará apenas com funções regulatórias, surpreendeu os governadores. Para eles, quem deveria assumir o protagonismo é o Ministério dos Transportes, já que a agência reguladora não tem competência política para integrar o CIRME.
O imbróglio ocorre em meio ao impasse sobre o reajuste de 2,91% nas tarifas de ônibus do Entorno, previsto desde fevereiro pela ANTT, mas que segue suspenso após pressões dos governos locais.
Moradores criticam Lula e cobram subsídio
A população do Entorno, que depende diariamente do transporte para Brasília, critica a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do Ministério dos Transportes.
"O governo federal precisa ajudar a bancar o transporte junto com o DF e Goiás. Não dá para deixar o povo pagar essa conta sozinho", reclamou Maria das Graças, moradora de Luziânia.
Foto: Marcos Santos.
"Parece que o presidente Lula não tem carinho pelo DF e pelo Entorno. A gente só lembra dele na hora de pagar passagem cara", disse José Carlos, de Valparaíso.
"O transporte já é precário, os ônibus quebram, as estradas estão cheias de buracos. E ainda o governo federal não quer entrar no consórcio? É um absurdo", criticou Fernanda Oliveira, de Águas Lindas.
"É fácil governar de Brasília e esquecer de quem pega duas horas de ônibus para trabalhar todo dia. O Ministério dos Transportes precisa assumir sua parte", desabafou Carlos Henrique, de Novo Gama.
Estradas precárias e promessas não cumpridas
Para o cientista político Paulo Melo, a ausência do Governo Federal no consórcio evidencia um descaso histórico com o Entorno.
"A BR-040 está esburacada, as rodovias federais de Goiás são só buracos. Precisamos de passarelas, BRT, viadutos e ampliação das pistas. Prometeram o BRT até Luziânia e nada, o BRT até Águas Lindas e nada. Agora, nem o subsídio para o consórcio a União quer assumir", afirmou.
Pressão política de Ibaneis e Caiado
Os governadores reforçaram o apelo ao Palácio do Planalto: "Queremos o Governo Federal dentro do consórcio, seja pelo Ministério dos Transportes, seja por qualquer outro meio. Não dá para o DF e Goiás carregarem sozinhos essa responsabilidade", declarou Ibaneis Rocha.
"A União não pode virar as costas para milhões de cidadãos do Entorno. O consórcio só será completo com a presença efetiva do Governo Federal", ressaltou Ronaldo Caiado.
Enquanto o impasse continua, os usuários de transporte coletivo seguem enfrentando ônibus lotados, tarifas altas e estradas precárias, sem perspectiva de solução a curto prazo.
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