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Como a NBR 16.280 pode evitar processos e colapsos em obras condominiais

Norma técnica ganha espaço em condomínios ao estabelecer controle de reformas; especialistas e gestores apontam efeitos na segurança estrutural e na redução de litígios



 A realização de reformas em unidades e áreas comuns voltou ao centro do debate condominial. De um lado, demandas de modernização; de outro, riscos à estrutura e disputas judiciais que, em muitos casos, poderiam ser mitigados com a aplicação de um protocolo técnico: a NBR 16.280, que disciplina intervenções em edificações e define responsabilidades de moradores, profissionais e síndicos.

"A NBR 16.280 é um mapa de riscos e responsabilidades. Quando o condomínio exige projeto, ART/RRT, escopo e cronograma, a obra deixa de ser um salto no escuro e passa a ter rastreabilidade." — Eng. Diógenes Suhett

O que a norma estabelece
Publicada pela ABNT, a NBR 16.280 fixa procedimentos para reformar com segurança: quem pode intervir, quais documentos são exigidos antes do início, como se dá o acompanhamento e que registros devem ser mantidos. A diretriz central é o controle técnico, com projetos e ART/RRT assinados por responsável habilitado e checklists por fase (pré-obra, execução e entrega).

Por que os síndicos entraram no foco
Mesmo quando a reforma ocorre dentro da unidade, o síndico pode responder por omissão se não exigir a documentação mínima. Advogados e administradores relatam que ações judiciais e notificações têm diminuído em condomínios que formalizaram fluxos de aprovação e fiscalização.

"Gestão profissional é, antes de tudo, gestão de risco. Exigir a NBR 16.280 protege vidas, o patrimônio coletivo e também o próprio síndico. É assim que elevamos o padrão do mercado condominial." — Paulo Melo, presidente do INCC

Exemplos que acenderam o alerta
— Demolição de paredes sem análise estrutural levou ao comprometimento de laje e a um reparo de alto custo.
— Permissões concedidas sem ART/RRT resultaram em processos contra a administração.
— Condomínios com vistoria por etapas e registro fotográfico reduziram conflitos e prazos de obra.
"Quando padronizamos a documentação e as vistorias, os atritos caem e as obras terminam mais rápido. A norma virou aliada da gestão — não um obstáculo." — Rosilene Marçal, síndica

Como a aplicação funciona no dia a dia
Pré-obra: entrega de projeto, ART/RRT, memorial descritivo, plano de resíduos, cronograma e medidas de proteção das áreas comuns.
  • Execução: fiscalização periódica com registros, controle de acesso de equipes e horários, comunicação de intercorrências.
  • Encerramento: laudo ou termo de conclusão do responsável técnico, liberação final e atualização do dossiê do condomínio.

"Como morador, me sinto mais seguro quando vejo o condomínio cobrando ART e vistoria. Evita improviso, barulho fora de hora e, principalmente, sustos com a estrutura do prédio." — Anderson Miranda, morador

Efeitos práticos observados
Síndicos e administradoras relatam três impactos recorrentes:
  1. Queda no contencioso envolvendo obras;
  2. Previsibilidade de prazos e menor desgaste entre vizinhos;
  3. Valorização de ativos pela redução de risco técnico e jurídico.
"Norma não é burocracia; é governança. Ao seguir a NBR 16.280, o condomínio documenta decisões e cria trilha de auditoria — condição básica para responder a qualquer questionamento." — Eng. Diógenes Suhett

Serviço
Capacitação prática — NBR 16.280
Curso com o Eng. Diógenes Suhett, com materiais editáveis (checklists, modelos de edital e de ata) e estudos de casos.
Informações: engdiogenessuhett.com.br/nbr-16280/
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ANDERSON MIRANDA
ANDERSON MIRANDA Administrador, Jornalista, Gestor Imobiliário. Especialista em Avaliação Imobiliária. Perito Avaliador do TJDFT. Editor-Chefe Grupo M4. Diretor-Proprietário da M4 Adm. Imobiliária Comunicação e Marketing Ltda. Jornalista e Fotógrafo - DRT 12.802/DF. Sites: https://grupom4.com.br, https://tribunadobrasil.com.br e https://andersonmiranda.com.br.

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